quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Timor-Leste passou o Brasil em ranking de democracias

Neste mês o jornal Estado de São Paulo publicou  uma matéria intitulada "Brasil cai para 47° em ranking de democracias". Nela expõe resultado de pesquisa elaborada pelo periódico inglês The Economist, que formula a cada dois anos lista de países levando em consideração cinco fatores, a seguir mencionados.
No ano de 2010 o Brasil foi reprovado nos quesitos "participação política" e "cultura política" e desceu seis posições em relação à colocação ocupada em 2008 no mesmo ranking.

"SÃO PAULO - O Brasil caiu seis posições e ocupa a 47ª posição no ranking das democracias do mundo, elaborado pela Economist Intelligence Unit (EIU), braço da revista britânica The Economist. Na edição de 2008 da lista, o Brasil estava em 41º lugar. Agora, está atrás de países como Timor Leste (42º).
Este é o terceiro índice elaborado pela EIU. Os países são ranqueados a cada dois anos. Nesta edição, a tabela reflete a situação mundial em novembro de 2010. São levados em conta cinco tópicos para se elaborar a lista: processo eleitoral e pluralismo; liberdades civis; o funcionamento do governo; participação política; e cultura política.
O Brasil ficou com uma nota geral de 7,12, enquanto em 2008 havia ficado com 7,38. O País recebeu notas elevadas em processo eleitoral e pluralismo (9,58), liberdades civis (9,12) e funcionamento do governo (7,50), mas se saiu mal em participação política (5,0) e cultura política (4,38).
O ranking é liderado pela Noruega, com nota 9,80, seguida por Islândia, Dinamarca, Suécia e Nova Zelândia. Os EUA aparecem na 17ª posição. O primeiro país das Américas é o Canadá, em 9º, e na América Latina é o Uruguai, em 21º. Entre os piores do mundo na relação estão a Coreia do Norte (167º), em último, seguida por Chade, Turcomenistão, Usbequistão e Mianmar.
Sofrendo com uma guerra desde o fim de 2001, o Afeganistão está em 150º, enquanto a China aparece em 136º. A ilha comunista de Cuba ficou em 121º. Na 107ª posição, a Rússia aparece na categoria das democracias imperfeitas, mas apenas a seis postos do primeiro regime autoritário, Madagáscar (113º).

Alerta

O estudo alerta que a democracia está "em declínio" pelo mundo, após a chamada terceira onda de democratização (1974). Segundo a lista, metade da população mundial vive em democracias. "O padrão dominante em todas as regiões ao longo dos últimos anos tem sido o recuo em progressos atingidos anteriormente em democratização", alerta o documento. "A crise global financeira que começou em 2008 acentuou alguns padrões negativos existentes no desenvolvimento político", nota o texto.
Os países foram agrupados em quatro categorias: democracias plenas; democracias imperfeitas; regimes híbridos; e regimes autoritários. O Brasil encontra-se no segundo grupo, o das democracias imperfeitas.
Ainda sobre a América Latina, o estudo alerta que a liberdade de imprensa tem sido "erodida" na região, enquanto forças populistas "e com credenciais democráticas dúbias" têm ganhado espaço em algumas das nações latinas."

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