Ontem revi um clássico do cinema americano: Papillon, estrelado por Steve McQueen e Dustin Hoffman. Ambos gigantes da sétima arte que protagonizaram dezenas de pérolas norte americanas. O primeiro, batizado como Terrence Steven McQueen, faleceu em 1980.
Tornei-me um grande fã depois de assistir a Fugindo do inferno (de 1963) e a 7 homens e um destino (de 1960). McQueen era um apaixonado por automóveis e motocicletas. Viveu o final da sua vida como um recluso, recusando participação em produções do nível de Apocalipse Now (Coppola) e Contatos imediatos de terceiro grau (Spielberg).
Este longa de 73 conta a história real de Henry Charrière (apelidado de Papillon, borboleta em francês), homem condenado injustamente na França pelo homicídio de um gigolô, enviado para o exílio em uma colônia penal na Guiana Francesa. Na década de 30 o governo francês tinha o hábito de se livrar dos indesejáveis mandando-os para a América do Sul. E lá os caras comiam o pão que o diabo amassou (ATENÇÃO porque lá vem SPOILER e quem não assistiu ao filme pode receber informações demais).
Acontece que Papillon (Steve McQueen) é osso duro de roer e não aceita o destino que lhe é imposto. Apesar de ser advertido pelo diretor do presídio sobre as consequências de uma fuga mal sucedida, o homem tenta escapulir várias vezes. Na primeira vez, é traído e passa dois anos na solitária comendo baratas e centopéias. Sai um farrapo, recupera-se e parte novamente. Desta vez consegue se afastar, mete-se em peripécias com leprosos, índios e freiras, mas é denunciado pela diretora de um convento (a cena que mostra seu contato com uma comunidade de leprosos é memorável). Volta para a Guiana e passa mais cinco anos na solitária. Depois disso acaba indo cumprir pena num lugar isolado chamado "ilha do diabo". A terceira tentativa dá certo e Charrière chega na Venezuela, vindo a naturalizar-se como cidadão daquele país.
Li o livro há bastante tempo e o filme (longo, com duas horas e meia de duração) diverge bastante da obra literária (fato justificado pela sua extensão). Isso não tira seu valor, seja pela história interessantíssima, seja pela qualidade dos atores. Dustin Hoffman, interpretando um companheiro do protagonista, está impagável.
Papillon recebeu em 74 duas indicações ao oscar e é hoje, quase 40 anos depois do seu lançamento, diversão altamente recomendada.
Que ótimo filme esse Papillon não Cirilo?
ResponderExcluirÉ um dos grandes clássicos do cinema que, na minha opinião, melhor retrata a qualidade da "persistência humana".
Legal relembrá-lo.
Gisely.
Ei Gisely! Realmente Papillon é um clássico, daqueles que não saem da cabeça. E eu sou particularmente fascinado com essas estórias de luta pela sobrevivência.
ResponderExcluirUm abração.
sei la...gosto desse filme mas "um sonho de liberdade" ou mesmo instinto (que tem que ver e entender pra crer, é melhor), mas e´um ótimo filme
ResponderExcluirpessoal, leiam o livro vcs vão adorar tenho certeza, é simplesmente fantastico....
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