quinta-feira, 26 de agosto de 2010

"If" de Rudyard Kipling

Esse poema é certamente um dos mais bonitos que já li. Segue primeiro a tradução e depois a versão original em inglês.

Se

Se és capaz de manter a tua calma quando

Todo o mundo ao teu redor já a perdeu e te culpa;

De crer em ti quando estão todos duvidando,

E para esses no entanto achar uma desculpa;

Se és capaz de esperar sem te desesperares,

Ou, enganado, não mentir ao mentiroso,

Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,

E não parecer bom demais, nem pretensioso;



Se és capaz de pensar --sem que a isso só te atires,

De sonhar --sem fazer dos sonhos teus senhores.

Se encontrando a desgraça e o triunfo conseguires

Tratar da mesma forma a esses dois impostores;

Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas

Em armadilhas as verdades que disseste,

E as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas,

E refazê-las com o bem pouco que te reste;



Se és capaz de arriscar numa única parada

Tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,

E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,

Resignado, tornar ao ponto de partida;

De forçar coração, nervos, músculos, tudo

A dar seja o que for que neles ainda existe,

E a persistir assim quando, exaustos, contudo

Resta a vontade em ti que ainda ordena: "Persiste!";



Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes

E, entre reis, não perder a naturalidade,

E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,

Se a todos podes ser de alguma utilidade,

E se és capaz de dar, segundo por segundo,

Ao minuto fatal todo o valor e brilho,

Tua é a terra com tudo o que existe no mundo

E o que mais --tu serás um homem, ó meu filho!


If

If you can keep your head when all about you

Are losing theirs and blaming it on you,

If you can trust yourself when all men doubt you

But make allowance for their doubting too,

If you can wait and not be tired by waiting,

Or being lied about, don't deal in lies,

Or being hated, don't give way to hating,

And yet don't look too good, nor talk too wise;



If you can dream--and not make dreams your master,

If you can think--and not make thoughts your aim;

If you can meet with Triumph and Disaster

And treat those two impostors just the same;

If you can bear to hear the truth you've spoken

Twisted by knaves to make a trap for fools,

Or watch the things you gave your life to, broken,

And stoop and build 'em up with worn-out tools;



If you can make one heap of all your winnings

And risk it all on one turn of pitch-and-toss,

And lose, and start again at your beginnings

And never breath a word about your loss;

If you can force your heart and nerve and sinew

To serve your turn long after they are gone,

And so hold on when there is nothing in you

Except the Will which says to them: "Hold on!"



If you can talk with crowds and keep your virtue,

Or walk with kings --nor lose the common touch,

If neither foes nor loving friends can hurt you;

If all men count with you, but none too much,

If you can fill the unforgiving minute

With sixty seconds' worth of distance run,

Yours is the Earth and everything that's in it,

And --which is more-- you'll be a Man, my son!


3 comentários:

  1. Bacana Cirilo!! Luiza, Míriam e eu acompanharemos sempre. Abraços..

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  2. Cirilo!
    Finalmente notícias suas e da Alice!
    Só mesmo às 12PM para o Emílio lembrar de encaminhar seus contatos!
    Adorei o blog,e, especialmente, o posto da Holanda...verdadeiros annoying oranges...
    Beijos para vc e Alice, estou com saudades!

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  3. Oi Cirilo,tdo bom?
    Meu pai sempre me falou desse poema, é bonito.
    Bom vc mandar notícias!

    Beijos!

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