sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Os três melhores livros que li em 2010

Serial Killers - Made in Brasil – Ilana Casoy
Viagem impressionante pela mente dos mais perigosos assassinos em série do Brasil. Ilana Casoy narra com riqueza de detalhes as histórias sombrias envolvendo crimes praticados por homens como Francisco Costa Rocha, o Chico Picadinho (detento mais antigo do Brasil) e Marcelo Costa de Andrade, vulgo Vampiro de Niterói. O texto, em especial o produzido sobre o Vampiro, não é para qualquer um e faz o sangue gelar. Na edição que li faltou uma parte dedicada ao Maníaco do Parque (Francisco Costa Rocha), feroz psicopata paulista que estuprou, torturou e matou pelo menos seis mulheres na região sul da cidade de São Paulo.

A caverna – José Saramago
Este foi o sexto livro que li do Saramago e por sinal o mais interessante. Conta a triste história de um oleiro que tem a vida subitamente transformada pela urbanização e pela automação. Em desespero, à beira da miséria e da constatação de sua inutilidade, apoia-se na filha, no genro e no cachorro Achado para tentar encontrar uma solução para o desemprego iminente. Adorei O Evangelho, mas A caverna é um livro monumental, com um final surpreendente.

Timor-Leste – Interesses internacionais e actores locais
O pesquisador português Antônio Barbedo de Magalhães escreveu a obra definitiva para quem quer COMEÇAR a entender a história de Timor-Leste, riquíssima, sofrida e, acima de tudo, COMPLEXA. O livro divide-se em três volumes e analisa fatos acontecidos desde a invasão de Timor pela tropas australianas em 1942, durante a segunda guerra, até o ano de 2007, período de construção do Estado Democrático. Imprescindível porque separa o joio do trigo e faz entender quais são os verdadeiros objetivos dos países e líderes vinculados a Timor-Leste.

2 comentários:

  1. Cirilo, você leu Memorial do Convento, também do Saramago? Os meus dois livros preferidos dele são o Memorial e o Ensaio sobre a Cegueira. Levantado do Chão foi o primeiro que li e amei. Depois, os outros superaram. Vou seguir sua sugestão de ler o da Ilana Casoy que, espero, não tenha nada a ver com o Bóris (he he he).
    Beijo

    ResponderExcluir
  2. Ei Beatriz! Li o Ensaio há uns cinco anos e o Memorial do Convento está na lista de 2011. O livro da Ilana (que em nada lembra o triste Bóris) é excelente. Muito pesado, mas vale a pena demais. Um beijo!

    ResponderExcluir