sexta-feira, 25 de março de 2011

Hanói - parte 2

Na capital da República Socialista do Vietnam não há metrô e ele não faz falta. Bater perna pela cidade é facílimo (atravessar as ruas nem tanto) e, na dúvida, basta mostrar o mapa para uma pessoa qualquer.
A simpatia e a cordialidade dos vietnamitas é outro detalhe digno de menção. Este é o povo mais receptivo que conheci na Ásia (uma estadia rápida no Vietnam é suficiente para esquecer dos indonésios).
Minha primeira visita a um país de segundo mundo (se ainda for possível invocar a teoria dos mundos) foi surpreendente. Em primeiro lugar, nenhum habitante local parece dar a mínima para guerras passadas. Notei, contudo, em lugares específicos, certa exaltação do regime socialista (o que é plenamente compreensível) e demonstração de orgulho pela vitória vietnamita sobre os franceses na década de 1950 e sobre os americanos na década de 1970 (o museu do exército, atração imperdível, está repleto de aviões, helicópteros, veículos terrestres apreendidos dos americanos e escombros. Muitos escombros).
Parte da cidade lembra uma enorme feira. E ao lado das lojas tradicionais estão instaladas famosas grifes internacionais. Aproveitei e comi uma coxa de frango no KFC, o inconfundível Kentucky Fried Chicken. Quem poderia imaginar tanta abertura num país dito socialista?
Estando em Hanói é impossível não lembrar de Belo Horizonte, capital mundial dos botecos. É costume dos moradores da cidade se reunirem para comer, beber e bater papo nas calçadas dos incontáveis barzinhos, quase todos parecidos com os bares "copos sujos" da avenida Prudente de Morais e do Edifício Maleta.
Cinco dias em Hanoi bastam para conhecer bem a cidade, visitar os pontos mais importantes e comprar bugingangas de origem suspeita. Um passeio altamente recomendado para quem não liga para bagunça.








Helicóptero norte americano e tanques vietnamitas, próximos de escombros da guerra do Vietnam. Tudo reunido no museu do exército em Hanói. 

4 comentários:

  1. Hanói parece ser muito bonita e a ausência de prédios gigantescos e moderníssimos dá uma aparência mais aconchegante, mais humana.

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  2. Cirilo, ainda bem que você documentou esta viagem maravilhosa. Saudades... Licinha

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  3. A cidade é limpa? E a comida??? Bjos e muita saudade, Míriam

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