segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Prisão de Becora

Mensalmente os defensores públicos de Dili trabalham em regime de plantão na Prisão de Becora para atender os presos provisórios e condenados. Esta é a principal casa de detenção para homens em Timor-Leste e recebe hoje algumas centenas de pessoas vindas da capital e dos distritos.
O espaço físico da prisão é pequeno. Mas aqui a situação carcerária está bem longe da brasileira, que de tão esdrúxula é manchete frequente em noticiários internacionais (e o problema parece piorar a cada ano). Não se vê gente espremida em cubículos ou dormindo em redes. Nada de containers transformados em celas (como na aterrorizante realidade capixaba de 2009). A reduzida população carcerária de Becora assegura boa qualidade de vida aos detentos.
Corre à boca pequena, entretanto, que num passado não muito distante toleravam-se corredores poloneses e cerimônias de "boas vindas" planejadas pelos detentos mais antigos e por membros da polícia timorense. Nunca presenciei nada. Recebi uma única reclamação de um preso provisório que não tinha colchão, cobertor e sabão. Oficiei o diretor e em poucos dias a questão foi resolvida.





O defensor público estagiário, Calisto Totu.

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