Diariamente, incontáveis barcos de madeira, de porte e qualidade variadas, são atracados na Baía de Ha Long, à espera da leva de turistas que visita o norte do Vietnam. Na madrugada do dia 17 de fevereiro, um dos barcos ancorados teve seu casco subitamente rompido. Num curtíssimo espaço de tempo foi tomado pela água gelada, ainda no escuro. O saldo final de doze pessoas mortas, quase todas elas turistas, não poderia ter causado maior perplexidade. E isso bastou para que as próprias autoridades vietnamitas colocassem sob exame a segurança daquelas embarcações, aparentemente confiáveis.
Eu confiei na segurança de um daqueles barquinhos e, no dia 18 de fevereiro, fui com a Alice passar dois dias na paradisíaca Ha Long Bay. Obviamente, quando fechamos a viagem não tínhamos ciência do acidente. Saímos de Hanói pela manhã e, logo no início do trajeto de carro para a baía (aproximadamente 150 quilômetros da capital vietnamita) fomos informados sobre o ocorrido no dia anterior.
Em consequência do acidente, todos os barcos preparados para pernoite de turistas foram recolhidos e submetidos a inspeção. Frustração para nós. Mas serviu para pensar na sorte imensa que tivemos.
Em consequência do acidente, todos os barcos preparados para pernoite de turistas foram recolhidos e submetidos a inspeção. Frustração para nós. Mas serviu para pensar na sorte imensa que tivemos.
Sobre a Baía de Ha Long, próxima da fronteira com a China, vale dizer o seguinte: o lugar é fora de série. Acima do mar se elevam milhares de formações rochosas de calcário e pequenas ilhas, que se confundem no horizonte.
Vêem-se cavernas imensas, arcos desenhados sob as rochas e vilas flutuantes, em cujas casas vivem em torno de mil e quinhentas pessoas, a maioria delas pescadores. No verão o calor é de matar, mas em fevereiro, a temperatura costuma ser inferior a dez graus centígrados. Por conta da neblina sobre a água e as pedras, o lugar adquiriu um ar meio fantasmagórico, meio lúgubre, conforme mostram algumas fotografias.
Vêem-se cavernas imensas, arcos desenhados sob as rochas e vilas flutuantes, em cujas casas vivem em torno de mil e quinhentas pessoas, a maioria delas pescadores. No verão o calor é de matar, mas em fevereiro, a temperatura costuma ser inferior a dez graus centígrados. Por conta da neblina sobre a água e as pedras, o lugar adquiriu um ar meio fantasmagórico, meio lúgubre, conforme mostram algumas fotografias.
Desde o monumental vulcão Kelimutu na Ilha de Flores eu não tinha me deparado com riqueza natural tão impressionante.
Belíssimas imagens Cirilo!!!
ResponderExcluirJamais imaginei um lugar assim pela Indonésia....parece com aqueles fiordes da Noruega!
Grandes aventuras, muitas histórias....
Bjs
Bia
www.biaviagemambiental.blogspot.com
Não gosto de lembrar desse 17 de fevereiro, o pior dia da minha vida.Abri o Terra e dei com a notícia do naufrágio.Sabia que vocês iam fazer esse passeio, mas não sabia o dia certo. Foi terrível até conseguir saber num site espanhol que não havia brasileiros no navio.Não canso de agradecer ao seu anjo-da-guarda e a Deus.
ResponderExcluirOs pequenos galeões é que são tétricos! Vocês devem ter passado por uma experiência bem emocionante, navegando em um ambiente tão enevoado... O acidente causou um baita susto em sua mãe e no seu tio Fredinho que souberam do ocorrido logo pela manhã. Eu vim a tomar conhecimento de tudo só no outro dia, graças a Deus, pois, com a facilidade que tenho para entrar em pânico, só iria atrapalhar...
ResponderExcluirGostei da paisagem que deve ser simplesmente maravilhosa em dias ensolarados.... Bjs