segunda-feira, 11 de abril de 2011

Tropicana Slim


Se Washington Olivetto, Nizan Guanaes ou algum outro guru da publicidade brasileira passasse meia hora assistindo a um canal asiático, de preferência indonésio, ia pensar consigo: eu sou bom mesmo e mereço cada centavo que já ganhei nessa profissão.
O besteirol nonsense que é despejado sobre o telespectador nessas bandas leva qualquer pessoa de capacidade intelectual mediana a manter sempre à mão uma cartela de dramin. E nem estou me referindo a programas de auditório que fazem o Raul Gil parecer um gênio.
As aberrações comerciais da televisão vão desde a imagem de um lutador de sumô vestido com fralda, cantarolando uma musiquinha enquanto ajuda uma senhora a passar tinta na parede da sua casa à deprimente propaganda do Pato Purific, na qual a dona de casa despeja o produto numa latrina de água parada, com aspecto encardido.
Os chineses não ficam atrás. Inventam paródias ridículas para anunciar programas americanos veiculados na Ásia. No melhor estilo karaokê. O mais irritante é que as musiquinhas grudam na cabeça e provocam sério desconforto mental. Este sim é o suplício chinês propriamente dito.
O conteúdo televisivo no Brasil, e aqui me refiro ao publicitário, evidentemente, costuma ser criativo. Dificilmente veríamos por lá uma propaganda como esta, do adoçante indonésio Tropicana Slim. Num atentado grave contra a inteligência da população, o vídeo mostra um rapaz que carrega para baixo e para cima um pacote do malsinado adoçante, porque aquele é o símbolo que traz de volta a recordação do amor infantil. Nada de lenço ou papel de bombom. Mas um saquinho de adoçante! Tem base uma porcaria dessa?

4 comentários:

  1. esse comercial é o pior fere nossa imaginação....

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  2. Bicho, fere tudo. Uma tragédia publicitária, como tantas outras feitas pelos indonésios.

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  3. Saudações Cirilo!
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Adorei sua crítica.
    Poderia ao menos ser um bombom dietético né?

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  4. Pois é Tânia!..haha. Onde já se viu guardar saquinho de adoçante como recordação da namorada?
    Se fosse bombom dietético a gente perdoava, né não?
    Um abraço.

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