domingo, 17 de outubro de 2010

Marginalização

O "setembro negro" de 1999 foi o momento histórico  em que Timor Leste sofreu dura retaliação pelos militares indonésios e milícias pró-indonésia (que promoveram incêndios, vandalismo, assassinatos, deportação de timorenses e todo tipo de violência por conta da opção maciça pela independência - situação bem retratada pela Lucélia Santos no documentário Timor Lorosae - O Massacre que o mundo não viu).
Logo depois, entrou no país a tão aguardada força militar de restauração da paz comandada pela Austrália, chamada INTERFET (International Force for East Timor). Naquela altura, o povo estava refugiado nas montanhas, em situação precaríssima. Controlado o caos, voltaram para Dili os antigos moradores, que encontraram suas casas em cinzas ou ocupadas por desconhecidos (grande parte dos problemas de disputa de propriedade, hoje discutidos nos tribunais, vêm dessa época, 1999).
A saída das forças indonésias, a sensação de segurança provocada pela presença das tropas estrangeiras, a expectativa de encontrar alimento e emprego trouxe para Dili não somente os fugitivos, mas pessoas do campo que viram aqui a chance de melhorar a vida. Logicamente o êxodo rural originou um perigoso quadro de marginalização, bem retratado na ilustração abaixo.
Deixo de mencionar a origem da gravura porque ela foi enviada por email, sem menção à autoria.


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