Há alguns quilos atrás cheguei aqui em Timor Leste, ciente de certas dificuldades que estavam por vir. Pensei, contudo, que elas são naturais em mudanças drásticas desse tipo. No Brasil a situação já é complicadíssima. Então, por quê me preocupar?
Acontece que ser defensor neste pequeno país no sul da Ásia significa, segundo as palavras de uma antiga colega brasileira, "nadar contra a correnteza vestindo um poncho". A analogia é excelente e serve inclusive para outras áreas profissionais (que o digam os professores da CAPES que trabalham aqui).
Uma fração mínima da população timorense domina o português (apesar deste ser idioma oficial, ao lado do tétum). E, fora o tétum, falam-se aqui mais de 30 dialetos! É comum encontrar um timorense batendo cabeça com outro compatriota. E pra conversar com um mineiro?
O sistema jurídico é arcaico, copiado de Portugal nos seus mínimos (e piores) detalhes. A ultraburocracia desprovida de sentido prático rege uma engrenagem que funciona aos trancos e barrancos. Ai de quem cair nessa roda. E arranca rabo em audiência é coisa frequente.
A internet é banda "curta". Todo dia a luz acaba. O gerador quebrou. E o calor é infernal. Apesar dos percalços, os ganhos são inestimáveis. A começar pelos grandes amigos brasileiros e timorenses. Como dizia o Dr. Paulo Unes: "Se não é difícil, não tem graça".
Dona Maria, eu e o Vitorino, na secretaria da Defensoria Pública.
Eu e o meu assistente Gervásio.
Nesta foto, eu e meu colega de Minas Gerais, Marcelo Tonus, aparecemos juntos com os defensores estagiários.
Apesar das dificuldades, fico feliz em saber que o trabalho está sendo produtivo. É uma experiência única. Tem até gente da família(Gervásio) em sua equipe, he, he, he... Vc ficou muito bem nas fotos. Beijo Licinha
ResponderExcluirFico tão orgulhosa ao ver você desempenhando com animação um trabalho tão difícil! Mas já lhe disse muitas vezes: você nasceu para ser defensor público como eu digo que fui uma professora realizada. Quando vc trabalhava em Contagem, eu via sua satisfação quando conseguia algo, por menor que fosse, para seus atendidos.Prbs.Bjos.
ResponderExcluirLegal... Dá prá saber direitinho quem é o Marcelo... kkkkk. O tom de pele é totalmente diferente dos Timorenses. Ci, vc tá magrelo, heim? Acho que tá sentindo falta do Isto & Aquilo. rs. Bjos prá vcs, Míriam
ResponderExcluirUai, parece o fórum de CONTAGEM!!!!!
ResponderExcluirCirilo, gostei do jeito simpático que você encontrou para falar de amizade!
ResponderExcluirP.S. Você está impressionantemente lindo!
Um beijo procê, pra Alice e pra Dodora.
Beatriz
Lili,
ResponderExcluirVc emagreceu como seu marido??? Rs.. Já tinha reparado por algumas fotos que o casal esta bronzeadíssimo, mas nestas dá para ver como o Cirilo perdeu muchos quilos. Barbudo então... Estão à base de água de coco e peixe na brasa? Como em “Náufrago”?!?Hehe!
Saudades de vcs!
Aqui estamos todos muito orgulhosos pelo destaque profissional de vcs!
PS.: passou uma reportagem do Timor sábado no globo universidade.
Amo vcs!
Licinha, mãe e Bila: um beijo grande pra vcs!
ResponderExcluirTuquito, a DP de Timor Leste é bem mais arrumada que o Fórum Pedro Desleixo. Um abraço.
Beatriz, muito obrigado pelo elogio! Quando minha mãe ler o seu comentário, vai ficar cheia de orgulho. Um beijão!
Fernanda, regime em Timor Leste é o que há! Melhor que o seven day diet do Fittipaldi...um beijo pra vc!